sábado, 19 de setembro de 2009
quinta-feira, 19 de março de 2009
Está quase a chegar o dia em que me deixaste. Está tão perto e eu só quero não durar até lá. Quero morrer agora, aqui, só para nao passar pela dor de saber que já não está cá para mais uma primavera que se avizinha calorenta e ensolarada.
São tudo saudades que me ferem por dentro e que teimam em queimar-me a alma que tanto perservo.
São só saudades pai..
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Não, não quero nem aceito.
Dói-me a cabeça e preciso de repousar. Repousar um, dois ou três minutos ininterruptos, silenciosos e imparciais às falhas do tempo. É mau estar proveniente de cá d dentro, mas que teima em deixar a sau marca com uma dor fina e aguda que me trespassa o corpo, de um lado ao outro, e que não me deixa pensar em mais qualquer mísera coisa.
Dói-me a alma, sinto a ferida, como se o alcool já não permanecesse em mim depois de uma noite bem bebida, como se o cheiro da beata já tivesse desaparecido. Parece que, pouco a pouco, a pele se queima causando um castigo efémero mas prolongado.
Que sensação que se afigura, aqui e agora, e que não quer passar...que me leva a alma e me queima, lentamente, como cigarros apagados na própria pele, qualquer boa sensação que resta de mim..
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
antagonias
São falsas amarguras, tempestades de ódio, rupturas por falhas, são ventos sem norte, são vozes que se tornaram mudas.
São nuas vestidas, cruzamentos dispersos, ruas vazias, barulhos surdos, noites e dias sem ti.
Sentida na certeza de querer mais, calada pela força da razão, presa a ti e ao teu mundo que tanto mal me querer.
Como tanto te quero deixar como amar eternamente.
Levar dias a fio a teu lado, trancados na nossa perfeita harmonia. Odiar-te e perder-te o rasto, repleto de pobreza de espírito, que tanto me mata. Incrivel como o amor que tenho é puro, o mesmo amor que me atrai e me atraiçoa ao mesmo tempo, fazendo-me morrer por dentro.
sábado, 10 de janeiro de 2009
Quero deixar-te à beira rio, enquanto ouves a nossa música. Apagar o cigarro, fechar a porta e sorrir ainda assim. Escrever durante uma noite inteira, apagar-me durante o dia e sentir o teu cheiro na minha pele. Combinar qualquer coisa em cinco minutos e fugir da cidade que me abraça para a abandonar durante dias a fio. Lançar uma gargalhada, cruzar as mãos, fazer uns brindes, trocar olhares indecentes e concretizar promessas antigas. Ouvir os teus passos, mergulharmos juntos, darmos encontrões até um cair, rir, rir e rir. Rir infinitamente e filosofar sobre as coisas mais ridículas, mas às quais nós damos sentido. E no fim chorarmos juntos, abraçados, eu e tu, na mesma margem, na mesma rua, na mesma noite. Desligar o telefone quando ainda murmuras míseras palavras, quebrar o tempo e fugir aos encontros. Parar no meio da rua e correr para casa, para o meu canto. Sair da história de uma vez por todas e prender-me à força do tempo, do tempo que nunca me atraiçoa.
Apenas porque sei que o tempo é fiel, e tu não.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Foram mudanças esperadas mas demasiado bruscas e sem suporte aparente. Ficamos assim, para sempre, dependentes das mudanças da vida, do crescimento natural das coisas. Ficamos presos à saudade, mas abraçamos a vida cada vez com mais força porque sabemos que depois disto, não há nada. E passam os dias, os meses, a fugir, e passamos nós e passam eles, e no fim somos pó desfeito na esquina mais suja desta cidade.
Seremos, para sempre, somente turistas deste fiel mundo que nos persegue, deste destino que nos prende à morte, desta história mal contada que acaba, quase sempre, na efémera solidão.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
domingo, 4 de janeiro de 2009
Passaram anos e tu nada me disseste. Cobriste a tua pele com poeira que tresandava a mofo e seguiste o caminho que tanto teimavas em dizer não ser o mais agradável. No entanto, seguiste-o e perdeste-te no caminho.
Na última noite do teu suspiro ainda murmuraste qualquer coisa de agradável, não sei se para me agradar ou por pura espontaneidade, ainda me roubaste um último sorriso. Desde aí que não sei nada de ti, nem morada, nem companheira, nem destino. Não sei se ainda sorris ou se teimas em conformar-te com o que a vida te propõe, não sei sequer se tomaste consciência da pessoa em que te tornaste. só sei que te perdi o rasto...